terça-feira, 16 de setembro de 2014

E as gotas de chuva fazem amor com a poeira,
no vidro das janelas escorregam,se juntam.
Dançam.
E o vento faz amor com as nuvens,
faz amor arrastando pelos céus de todo mundo.
E a terra faz amor com a semente,
e estica suas raízes se espreguiçando.
Tudo nesse mundo faz amor e o espalha,
e o completa, e o ajuda.
O ar doce que sai de tuas narinas faz amor com meu pulmões.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Dia do Juízo Individual

E no final,
os amantes se arrependerão de não ter curtido.
Os que curtiram se arrependerão de não ter amado.
Aqueles que batalharam para sobreviver,
vão se arrepender de não terem vivido.
E os que viveram, vão mendigar por mais tempo.
No final,não haverá arrependimento da vida que se teve,
mas sim,da que não se teve uma degustação.

Madame Vagabunda

Madame, sabe jogar damas mas prefere xadrez fala que nem burgues Tola,ainda apaixonada por um bárbaro com traços de rapaz cortês se joga na cama é chamada de vagabunda reclama já moribunda
Tem rosto de dama mas só reclama, diz que queria respirar uma vez fechar os olhos e já não respirar outra vez Talvez A luxuria é um fato e a paixão uma insensatez

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Seiva da Flor mais linda do meu mundo

Pois digo que agora,
nesse pequeno sopro de vida,
sinto que se ninguém mais amasse
se nesse mundo só restasse
tristeza que invade,
e dor selvagem.
Por ti ainda seria em mim
amor delicado
admiração em pétalas de orquídea
para combinar com tua pele branca
e de teus lábios
o mesmo rubor das ametistas.

E esse amor que por ti tenho
sinto que é demasiado
já que tudo que é divino
só nosso Deus poderia ter criado.

Te ajudarei em tua fotossíntese.
Serei teu sol acalorado.
Se quiser até me disponho a ser caule,
e em mim firmarei teus espinhos.
E em tempos de tempestade,
suas gotas em sal sem sobrestar,
te firmarei na terra
enquanto o vento assovia sem ternura.

De tudo que eu fizer
creio eu que nada sera suficiente
nem perto ira chegar da alegria
que foi minha vida
só por ter em minhas narinas teu perfume.
Em meus olhos tua beleza,
e em meu coração tua seiva doce de mãe .

sábado, 19 de julho de 2014

Monalisa Canela

Monalisa é poetisa,
e fuma todas as noites o ar frio da madrugada.
Fuma seu gudang de canela,
rindo de todos os enganados que
acham que ela fuma por besteira,bobagem
anseio de atenção.
Monalisa é poetisa,
as vezes escreve poesias,e já tem três livros escritos a mão.
Pobre Monalisa,lisa no formato do corpo
nos cabelos,no banco,e no dedo anelar da mão.
Fuma para disfarçar o gosto de suas mazelas.

Monalisa, tem seus poucos anos.
Monalisa é poetisa, e é sua sina,pensar eternamente em contradição
com suas palavras,suas ilusões queridas e odiosas,
e suas realidades bem vindas e expulsas com determinação.
Mal sabem os outros que quem nasce pra ser poeta,
tem a alma de oitenta anos,
independentemente se Monalisa tiver doze,dezoito,vinte e dois anos.
Quem nasce pra ser poeta,já nasce vendo a vida de jeito diferente,
o que se antecede ao aprendizado da leitura e escrita.

Mas Monalisa não odeia ser poetisa,
digamos que no jogo de bem-me-quer ,mal-me-quer
com as margaridas.
Monalisa amassou-a com as mãos e enfiou inteira no peito.
Engana-se quem pensa que Monalisa é pobre,
Monalisa é tão rica,que só precisa do seu gudang canela.

domingo, 13 de julho de 2014

Roubou-me o coração

Te vi de longe pássaro,
voando alto pássaro,
me rodeando calmo.
Só esperando,claro.
Olhei para cima, e vi tuas asas 
penas loiras,
olhos azuis,
cantar tão grave.
Voou pra perto,
ciscou meu peito,
deu um jeito e me lascou um beijo.
Roubou-me
caixa de sentimentos.
E voou com jeito,
gotejando sangue
de volta para longe,
e me deixou sorrindo
com vazio imenso
sentindo-me voando,
corpo no mesmo lugar,
vida agora em seu leito .

terça-feira, 1 de julho de 2014

Labirintite dos Labios

labirinto
labi-sinto
lá me sinto

 labirinto
Labirintite
Labios insistem
labi-instinto
Faço um convite
labi-sentir-me
quer você?

Gengibre e Injeção

Escreva mesmo que seja
pra rimar gengibre com injeção
por que as palavras são as únicas
que quando esvaziam a alma,
ao mesmo tempo enchem o coração.

Domicílio,meu amado e querido.

Eu poderia escrever sobre a beleza do mar,
da noite,do dia.
Mas esse é o mal de se apaixonar,
escrevo sobre brancura de cada um dos seus dentes,
sobre a curva de cada um dos fios de seu cílio;
como se todos fossem entender o que eu digo,
quando eu vejo em você minha morada,
 domicilio.

Gira

Quando criança a gente
brinca de ficar girando,girando,girando.
Gira tanto que fica com enjoo
e cai no chão.
Quando a gente cresce,
o mundo gira, gira, gira.
E a gente cai,mesmo de pé.
Parado no mesmo lugar.
Com cheiro da vodka
e enjoo no coração.

Jovem Idosa

Eu queria que meus labios ficassem bem de vermelho,
sem aquela imagem de uma idosa da vida no espelho,
eu queria ter aroma de sandalo.
Eu queria ter gosto de doce de leite.
Mas eu sou sem graça até nas suas lentes.
Eu queria saber dançar ,cozinhar,desenhar à caneta sua face.
Deixar a tinta manchar meu dedo como se fosse você manchando carinho em mim.
Pra guardar teu desenho,e não viver de miragem.

Só não me diga que o amor não é valido.
Fui feita de amor e arrumei as bagagens,
que só foram carregadas por amizades.
Eu quero ter longas viagens.
Eu queria saber amar.

Foto Memória

As vezes eu olho suas fotos,
sonhando com você.
Fico pensando se você também faz o mesmo,
olha minhas fotos sem querer.
Pensando te amo,
mas não pude te amar
pra valer.

Se eu pudesse voltar atrás e refazer,
te juro eu seria pra você,
a pessoa certa,
como é certo agora o que vou dizer...
Eu continuo amante de tua chegada,
gravada em memória .

Meus desenhos em mente

Se eu soubesse desenhar,
ia te mostrar as cenas de nós dois.
Que tenho em mente.

Amor e mais Amor,por favor.

Então agora eu te explico,o ódio na boca de qualquer pessoa será sempre ódio.
A dor na boca de qualquer pessoa será sempre dor.
Mas o amor,muda.Muda na boca da tua mãe,muda na boca de teu pai,muda na boca dos teus irmãos,o amor muda na boca do teu amor.
Talvez seja culpa da boca. Beija o rosto de seus pais e teus irmãos e sela amor. Beija na boca teu amor e até a paisagem muda de tanto amor.
O amor é dimensão paralela,para onde vão os casais que de olhos fechados só sentem o calor.

Nós cegos

As vezes bate aquela saudade,
aquela dor no peito,
quando lembro do teu peito.
Da tua respiração.
Mas eu juro ,eu não te amo,
é só que você é aquele alguém
como ninguém.
Aquele que podia ser ninguém,
só você, não seria meu bem,
nem meu amor,
só você.
Só poderia vir de vez em quando
pra matar a saudade
do grave da sua voz
pra tampar meu peito
com risadas de nós
não precisava ser uma relação de nós.
Só nós.
Não emitir quase nenhuma voz,
já que eu te beijaria
a sós .

Multilateral

Eu não quero amor
Amor as vezes é unilateral
não quero também algo bilateral.
Eu quero o multilateral.
Algo que seja tão bonito
que todo mundo veja
e tome de exemplo bom.
Eu quero reciprocidade,
eu te reciproco.
E o vento,o tempo
o destino
nos reciprocam na nossa vontade
de permanecer juntos
reciprocando amor pelo mundo.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Parece ladrão de oxigênio,
e ladrão de fala.
Sequestro de raciocínio,
assassinato de apetite.

Mas é amor,meu doce.
Não se limite.
Grite!

É amor,
é o único que prende,
te fazendo sentir livre.

- apaixonada

Era três da manhã,
Quando amanheceu
O sol apareceu
Amanheceu e clareou
Meu sentimento se esquentou
No meu estomago clareou
O sorriso da vida minha
Em conjunto com a voz
Favorita de minha alma

Ele me chama de princesa,
me sinto coroada com flores
Raios de sol que clareiam
Minha alma
Amanheci em calma
Confessando em mente
Estou demasiadamente ...

Rasteira

Veja amor,que loucura,
meu coração esvoaçou tão alto,
mas o golpe foi baixo.
Na rasteira chutou minha canela,
caiu meu coração.

Figueira-brava

O ar frio do inverno eu aspirava,
o inverno meu ar quente respirava.
O inverno soprava,
por que chora,figueira-brava ?

Álcool eu expirava,
brava eu saudava,
eu já superara
mas ansiava.

Voltava em sonho,
voltava em brasa.
Eu estava, eu capotava,
gritava,escrava,me travava.
Eu jurava,
e a gente só jura por uma palavra.

Era lava,agora é só pus,
por que já não encontrava,
e nem levantava,
eu esgotava.

Pingo a pingo,
eu já não era mais nem sombra
daquela pessoa toda luz.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Não era pra ser,mas é lamúria.

No que eu transformo esse amor que nunca foi usado?
Guardado, não consigo nem transformar em poesia.
O que me fez de lar.
Por que esse não é daqueles amores simples que se tem,
não dá pra fazer esquiva,se esquecer fosse fácil eu o faria.

Mora em mim,um daqueles amores que em demasia,
se tornou amor,se alimentou de mais amor,e mais amor e mais amor,
e agora qualquer palavra é simples e não se iguala,nem se aproxima.

Até a palavra amor é tão pouca que chega a ser injustiça.
Que me perdoem os apaixonados,que chamam seus relacionamentos
de casos de amor,mas é que me fascina e me injuria.

O que senti por ele não era... não é...não continua sendo somente amor.
O que eu tenho por ele é uma história,é uma vida.
Que não foi ,e nem será vivida,por mera covardia de minha parte,
e também por falta de crer na reciprocidade.

O que eu faço com isso guardado em mim?
Faço um livro? Faço um filme?
Faço uma carta e entrego a ele? Faço poesia?
 Faço piada,e dou risada? Já fiz lamúria,e aqui está.

Já era saudade,mesmo contra minha vontade,
e agora cai em mim com veracidade,esse amor que nunca foi usado,
e sem utilidade em meu peito aqui está.E vai estar pra sempre.

Sempre. É cabível.
Sem fim.Sem interrupção.Sem cessar.
Eu tenho por ele um pra sempre,
e é em cada batida que eu me lembro,
é no meu peito do lado esquerdo
seu habitat.